quinta-feira, 30 de junho de 2011

Insônia

Eu jurava que era um sonho, mas quando ouvi um barulho na porta fiquei assustado e fui ver o que ocorria... No entanto percebi que era apenas meu cachorro com sede. Voltei pra cama, e tentava dormir... Estava escuro, e senti medo como nunca havia sentido antes. Acendi as luzes, entretanto a luz incomodava meus olhos. Comecei a pensar no intenso dia que teria, além de muito trabalho, provas e mais provas. Eu sempre atrasava, e se atrasasse outra vez, poderia perder o emprego. No dia seguinte, eu teria que fazer meu café, em seguida me arrumar, deixar meu cachorro no pet e depois ir para a reunião do trabalho e depois prova ,e depois, e depois, e depois, e depois, e depois.... Percebi que estava perdido no tempo e no espaço.
Contava carneirinhos: Um, dois, três... Quando me dei conta, já estava no septagésimo quinto, e eu  que achava que os números eram infinitos. Quando olhei pro relógio, os ponteiros marcavam duas da manhã. 
Eu forçava meu olhos a ficarem fechados, mas eles iam contra mim. Tudo estava contra mim naquela noite. Eu só queria dormir um pouquinho, até rezei baixo pedindo aos santos um cochilo...
Fiquei furioso e comecei a bater na minha cara, no meu corpo, na minha cama... Levantei e joguei àgua em meu rosto, fiz o mesmo ritual de sempre e nada. Nada funcionava.
Por um instante fiquei perdido em meus pensamentos, nem sabia no que pensava e se pensava. Eu mais uma vez estava perdido, foi quando repentenamente senti como se estivesse caindo de um penhasco, e tentei me segurar. No entanto, cai da cama e acordei... Eu sonhara o tempo todo, mas quando olhei no relógio ainda eram cinco da manhã. Eu ainda tinha mais duas horas pra dormir...
Tentei acreditar que dormia o tempo todo, aquilo não passava de um sonho onde eu estava com insônia.  Deitei na cama, respirei bem fundo, envolvi-me nos lençóis, vendei meus olhos... Sentia o sono chegar, bocejava feliz da vida e então, finalmente consegui dormir e ainda me restava uma hora e quarenta e cinco minutos!!!
Inacreditavelmente naquele mesmo instante, acordei assustado e lembrei que havia atrasado o relógio em duas horas!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Tudo é novo de novo!

Lá estava eu em mais um dia de trabalho,
esperando o ônibus às 7 horas e 45 minutos.
Pelos meus olhos eu via de tudo,
via o homem na bicicleta,
via a menina com o guarda-chuva,
via o sol nascer,
via o mundo pela janela...

Em outra manhã no mesmo horário.
Ouvia o barulho dos carros,
a música no rádio,
o choro do bebê,
o grito da senhora,
as vozes das pessoas,
e um monte de coisa.

Minhas manhãs nunca foram iguais,
mesmo que eu pegasse o mesmo ônibus,
Ou até mesmo na mesma hora,
Nunca veria ou ouviria tudo de novo.
Na verdade, tudo é novo mesmo que aconteça de novo.

Amanhã de manhã farei o mesmo trajeto de todos os dias;
Mas sei que verei outras vozes, buzinas e choros;
E ouvirei outra menina com o guarda-chuva pela janela.

Caramba!!! Será que me perdi de novo?